segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Felicidade ❣


Andando. Andando em direção ao nada. Deixando que a energia flua pelo meu corpo e que o vento beije meus cabelos longos e azulados. Sem um rumo certo, sem um destino a seguir. Deixando velhos desejos enterrados no local de onde saí. Não quero pensar em mais nada do que me aconteceu no passado, das dores e aflições que passei. A garota que por tantas vezes chorou e foi omissa agora sorrirá, pois sabe que finalmente encontrou seu rumo, um caminho que deverá seguir. Não importa quantas e quantas vezes escorregue e caia pela estrada, sempre se manterá firme, apenas para poder sentir o doce perfume das flores que encontrarei pelo caminho. Neste momento, não existe um caminho certo, não existem erros, não existem dúvidas. Apenas existe minha vontade de prosseguir, de abandonar todas as coisas ruins no passado e prosseguir feliz, sorrindo para o belo presente e o doce futuro que se aproximam.
Olhos fechados, vento no rosto, rápidas pedaladas pela ladeira. Segurando firme nos ombros daquele que sempre foi meu amigo em todas as horas e apoiando os pés na parte de trás da bicicleta, perto das rodas. Correndo sem medo de nos machucar, apenas sorrindo como jamais sorri em toda a minha vida. Apenas seguindo a felicidade de livrar-me das pressões e da tristeza, esquecendo os sofrimentos e todo o amor não correspondido que ainda faz meu coração sangrar. Nesse momento, nada mais importa. Quero apenas gritar, mesmo que ninguém escute, quero deitar sobre a relva e olhar as nuvens tomarem formas no céu, quero poder contar as estrelas no céu e poder dizer que fui feliz por ter feito todas essas coisas sem o menor sentido.
Céu azul, penhasco de rochas dos mais diversos tons de marrom, gaivotas voando ao nosso redor, mãos dadas, sorrisos nos rostos, mar batendo nas rochas. Apenas eu e meu melhor amigo, ninguém mais ali, ninguém que possa interromper minha felicidade. Fecho os olhos, posso ver aqueles olhos azuis dentro de minha mente, posso sentir como se aquelas mãos tocassem meu rosto, que está avermelhado de vergonha. É como se eu pudesse ouvir aquela voz e pudesse ver aquele sorriso que me deu ânimo por tanto tempo. Meu coração fica pesado, minha alma cai, mas logo, ela é lavada pela imagem de um grupo de golfinhos, que salta de um lado para o outro, como em um espetáculo de circo.
-Hinata...Vamos embora?
-Ah, sim Kiba-kun.
-Mas dessa vez, quem vai pedalar será você.
-Ei, por que eu?
-Porque eu pedalei até agora carregando você. E cansa carregar a senhorita de um lado para o outro.
-Está me chamando de gorda?
-Claro que não, você está em forma, isso eu lhe garanto. Mas...Ah, é cansativo carregar uma pessoa o tempo todo.
-Ok então, deixa que eu pedalo.
Peguei a bicicleta que estava no chão, levantei-a, ajustei o assento e sentei-me, estava preparada para o longo caminho que ainda faríamos, até lugares onde ninguém jamais imaginou que existissem. Kiba subiu na bicicleta, comecei a pedalar. Havia uma longa estrada a seguir, um caminho infinito, que jamais saberíamos aonde iria dar. Pouco me importava. Apenas bastava que meu coração continuasse deste jeito, em paz e sereno e que minha alma se mantivesse leve daquela maneira. Pois era isso que sempre procurei sentir. Era isso que eu tanto buscava, era esse sentimento que eu tanto sonhei em ter um dia. Felicidade!

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